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Infancia Perdida

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“Crianças só tem uma infância, roube-as dela e elas a terão perdido para sempre.”
Antes de conhecer o mundo das letras, toda criança deve desenvolver outras habilidades mais importantes. Coordenação motora, linguagem e sociabilidade, por exemplo, são competências que ajudam na vida escolar e ainda contribuem para a formação pessoal. Por isso, deveriam ser prioridade nas instituições que oferecem educação infantil.
Na prática, porém, a realidade é outra. Com autonomia para definir o próprio projeto pedagógico, escolas privadas antecipam cada vez mais a alfabetização. Reduzem o lazer das crianças, trocam jogos e brincadeiras por exercícios de escrita e leitura e, consequentemente, sobrecarregam os alunos com atividades.
Não faltam justificativas para a prática. “Muitos pais têm pressa de ver o filho lendo e escrevendo e acabam transferindo essa ansiedade para as escolas que, para atender às expectativas dos adultos, começam a alfabetização ainda no ensino infantil”.
Há também uma falsa impressão de que o melhor colégio é o que consegue ensinar os alunos a ler e escrever mais cedo.
Mas a “neurose” dos pais e a preocupação das escolas são desnecessárias. “Há competências mais importantes do que essas para serem ensinadas às crianças. Mais relevante é desenvolver a psicomotricidade, a socialização, a capacidade de dialogar. Habilidades aprendidas por meio da brincadeira e do faz de conta”.
Escolas que diminuem o tempo de brincar livremente, ignoram as atividades lúdicas e artísticas para forçar os alunos a fazer exercícios motores que não têm sentido algum”. Uma história, em especial, chamou a atenção da educadora. “Uma criança reclamou de cansaço porque não aguentava mais brincar de letrinhas”.
A educação infantil não deve ser vista como uma simples preparação para o ensino fundamental, porque essa etapa tem conteúdos específicos que devem ser trabalhados – principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento cognitivo e emocional dos pequenos


A TEORIA BÁSICA DE JEAN PIAGET

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A TEORIA BÁSICA
DE JEAN PIAGET
José Luiz de Paiva Bello
Vitória, 1995



      Desde muito cedo Jean Piaget demonstrou sua capacidade de observação. Aos onze anos percebeu um melro albino em uma praça de sua cidade. A observação deste pássaro gerou seu primeiro trabalho científico. Formado em Biologia interessou-se por pesquisar sobre o desenvolvimento do conhecimento nos seres humanos. As teorias de Jean Piaget, portanto, tentam nos explicar como se desenvolve a inteligência nos seres humanos. Daí o nome dado a sua ciência de Epistemologia Genética, que é entendida como o estudo dos mecanismos do aumento dos conhecimentos.
      Convém esclarecer que as teorias de Piaget têm comprovação em bases científicas. Ou seja, ele não somente descreveu o processo de desenvolvimento da inteligência mas, experimentalmente, comprovou suas teses.
      Resumir a teoria de Jean Piaget não é uma tarefa fácil, pois sua obra tem mais páginas que a Enciclopédia Britânica. Desde que se interessou por desvendar o desenvolvimento da inteligência humana, Piaget trabalhou compulsivamente em seu objetivo, até às vésperas de sua morte, em 1980, aos oitenta e quatro anos, deixando escrito aproximadamente setenta livros e mais de quatrocentos artigos. Repassamos aqui algumas idéias centrais de sua teoria, com a colaboração do “Glossário de Termos”.


      1 - A inteligência para Piaget é o mecanismo de adaptação do organismo a uma situação nova e, como tal, implica a construção contínua de novas estruturas. Esta adaptação refere-se ao mundo exterior, como toda adaptação biológica. Desta forma, os indivíduos se desenvolvem intelectualmente a partir de exercícios e estímulos oferecidos pelo meio que os cercam. O que vale também dizer que a inteligência humana pode ser exercitada, buscando um aperfeiçoamento de potencialidades, que evolui "desde o nível mais primitivo da existência, caracterizado por trocas bioquímicas até o nível das trocas simbólicas" (RAMOZZI-CHIAROTTINO apud CHIABAI, 1990, p. 3).


      2 - Para Piaget o comportamento dos seres vivos não é inato, nem resultado de condicionamentos. Para ele o comportamento é construído numa interação entre o meio e o indivíduo. Esta teoria epistemológica (epistemo = conhecimento; e logia = estudo) é caracterizada como interacionista. A inteligência do indivíduo, como adaptação a situações novas, portanto, está relacionada com a complexidade desta interação do indivíduo com o meio. Em outras palavras, quanto mais complexa for esta interação, mais “inteligente” será o indivíduo. As teorias piagetianas abrem campo de estudo não somente para a psicologia do desenvolvimento, mas também para a sociologia e para a antropologia, além de permitir que os pedagogos tracem uma metodologia baseada em suas descobertas.


      3 - “Não existe estrutura sem gênese, nem gênese sem estrutura” (Piaget). Ou seja, a estrutura de maturação do indivíduo sofre um processo genético e a gênese depende de uma estrutura de maturação. Sua teoria nos mostra que o indivíduo só recebe um determinado conhecimento se estiver preparado para recebê-lo. Ou seja, se puder agir sobre o objeto de conhecimento para inserí-lo num sistema de relações. Não existe um novo conhecimento sem que o organismo tenha já um conhecimento anterior para poder assimilá-lo e transformá-lo. O que implica os dois pólos da atividade inteligente: assimilação e acomodação. É assimilação na medida em que incorpora a seus quadros todo o dado da experiência ou ëstruturação por incorporação da realidade exterior a formas devidas à atividade do sujeito (Piaget, 1982). É acomodação na medida em que a estrutura se modifica em função do meio, de suas variações. A adaptação intelectual constitui-se então em um "equilíbrio progressivo entre um mecanismo assimilador e uma acomodação complementar" (Piaget, 1982). Piaget situa, segundo Dolle, o problema epistemológico, o do conhecimento, ao nível de uma interação entre o sujeito e o objeto. E "essa dialética resolve todos os conflitos nascidos das teorias, associacionistas, empiristas, genéticas sem estrutura, estruturalistas sem gênese, etc. ... e permite seguir fases sucessivas da construção progressiva do conhecimento" (1974, p. 52).


      4 - O desenvolvimento do indivíduo inicia-se no período intra-uterino e vai até aos 15 ou 16 anos. Piaget diz que a embriologia humana evolui também após o nascimento, criando estruturas cada vez mais complexas. A construção da inteligência dá-se portanto em etapas sucessivas, com complexidades crescentes, encadeadas umas às outras. A isto Piaget chamou de “construtivismo sequencial”.


      A seguir os períodos em que se dá este desenvolvimento motor, verbal e mental.


      A. Período Sensório-Motor - do nascimento aos 2 anos, aproximadamente.
      A ausência da função semiótica é a principal característica deste período. A inteligência trabalha através das percepções (simbólico) e das ações (motor) através dos deslocamentos do próprio corpo. É uma inteligência iminentemente prática. Sua linguagem vai da ecolalia (repetição de sílabas) à palavra-frase ("água" para dizer que quer beber água) já que não representa mentalmente o objeto e as ações. Sua conduta social, neste período, é de isolamento e indiferenciação (o mundo é ele).


      B. Período Simbólico - dos 2 anos aos 4 anos, aproximadamente.
      Neste período surge a função semiótica que permite o surgimento da linguagem, do desenho, da imitação, da dramatização, etc.. Podendo criar imagens mentais na ausência do objeto ou da ação é o período da fantasia, do faz de conta, do jogo simbólico. Com a capacidade de formar imagens mentais pode transformar o objeto numa satisfação de seu prazer (uma caixa de fósforo em carrinho, por exemplo). É também o período em que o indivíduo “dá alma” (animismo) aos objetos ("o carro do papai foi 'dormir' na garagem"). A linguagem está a nível de monólogo coletivo, ou seja, todos falam ao mesmo tempo sem que respondam as argumentações dos outros. Duas crianças “conversando” dizem frases que não têm relação com a frase que o outro está dizendo. Sua socialização é vivida de forma isolada, mas dentro do coletivo. Não há liderança e os pares são constantemente trocados.
      Existem outras características do pensamento simbólico que não estão sendo mencionadas aqui, uma vez que a proposta é de sintetizar as idéias de Jean Piaget, como por exemplo o nominalismo (dar nomes às coisas das quais não sabe o nome ainda), superdeterminação (“teimosia”), egocentrismo (tudo é “meu”), etc.


      C. Período Intuitivo - dos 4 anos aos 7 anos, aproximadamente.
      Neste período já existe um desejo de explicação dos fenômenos. É a “idade dos porquês”, pois o indíviduo pergunta o tempo todo. Distingue a fantasia do real, podendo dramatizar a fantasia sem que acredite nela. Seu pensamento continua centrado no seu próprio ponto de vista. Já é capaz de organizar coleções e conjuntos sem no entanto incluir conjuntos menores em conjuntos maiores (rosas no conjunto de flores, por exemplo). Quanto à linguagem não mantém uma conversação longa mas já é capaz de adaptar sua resposta às palavras do companheiro.
      Os Períodos Simbólico e Intuitivo são também comumente apresentados como Período Pré-Operatório.


      D. Período Operatório Concreto - dos 7 anos aos 11 anos, aproximadamente.
      É o período em que o indivíduo consolida as conservações de número, substância, volume e peso. Já é capaz de ordenar elementos por seu tamanho (grandeza), incluindo conjuntos, organizando então o mundo de forma lógica ou operatória. Sua organização social é a de bando, podendo participar de grupos maiores, chefiando e admitindo a chefia. Já podem compreender regras, sendo fiéis a ela, e estabelecer compromissos. A conversação torna-se possível (já é uma linguagem socializada), sem que no entanto possam discutrir diferentes pontos de vista para que cheguem a uma conclusão comum.


      E. Período Operatório Abstrato - dos 11 anos em diante.
      É o ápice do desenvolvimento da inteligência e corresponde ao nível de pensamento hipotético-dedutivo ou lógico-matemático. É quando o indivíduo está apto para calcular uma probabilidade, libertando-se do concreto em proveito de interesses orientados para o futuro. É, finalmente, a “abertura para todos os possíveis”. A partir desta estrutura de pensamento é possível a dialética, que permite que a linguagem se dê a nível de discussão para se chegar a uma conclusão. Sua organização grupal pode estabelecer relações de cooperação e reciprocidade.


      5 - A importância de se definir os períodos de desenvolvimento da inteligência reside no fato de que, em cada um, o indivíduo adquire novos conhecimentos ou estratégias de sobrevivência, de compreensão e interpretação da realidade. A compreensão deste processo é fundamental para que os professores possam também compreender com quem estão trabalhando.
      A obra de Jean Piaget não oferece aos educadores uma didática específica sobre como desenvolver a inteligência do aluno ou da criança. Piaget nos mostra que cada fase de desenvolvimento apresenta características e possibilidades de crescimento da maturação ou de aquisições. O conhecimento destas possibilidades faz com que os professores possam oferecer estímulos adequados a um maior desenvolvimento do indivíduo.
      “Aceitar o ponto de vista de Piaget, portanto, provocará turbulenta revolução no processo escolar (o professor transforma-se numa espécia de ‘técnico do time de futebol’, perdendo seu ar de ator no palco). (...) Quem quiser segui-lo tem de modificar, fundamentalmente, comportamentos consagrados, milenarmente (aliás, é assim que age a ciência e a pedagogia começa a tornar-se uma arte apoiada, estritamente, nas ciências biológicas, psicológicas e sociológicas). Onde houver um professor ‘ensinando’... aí não está havendo uma escola piagetiana!” (Lima, 1980, p. 131).


      O lema “o professor não ensina, ajuda o aluno a aprender”, do Método Psicogenético, criado por Lauro de Oliveira Lima, tem suas bases nestas teorias epistemológicas de Jean Piaget. Existem outras escolas, espalhadas pelo Brasil, que também procuram criar metodologias específicas embasadas nas teorias de Piaget. Estas iniciativas passam tanto pelo campo do ensino particular como pelo público. Alguns governos municipais, inclusive, já tentam adotá-las como preceito político-legal.
      Todavia, ainda se desconhece as teorias de Piaget no Brasil. Pode-se afirmar que ainda é limitado o número daqueles que buscam conhecer melhor a Epistemologia Genética e tentam aplicá-la na sua vida profissional, na sua prática pedagógica. Nem mesmo as Faculdades de Educação, de uma forma geral, preocupam-se em aprofundar estudo nestas teorias. Quando muito oferecem os períodos de desenvolvimento, sem permitir um maior entendimento por parte dos alunos.



Jean Piaget


Referências
CHIABAI, Isa Maria. A influência do meio rural no processo de cognição de crianças da pré-escola: uma interpretação fundamentada na teoria do conhecimento de Jean Piaget. São Paulo, 1990. Tese (Doutorado), Instituto de Psicologia, USP. 165 p.

LIMA, Lauro de Oliveira. Piaget para principiantes. 2. ed. São Paulo: Summus, 1980. 284 p.

PIAGET, Jean. O nascimento da inteligência na criança. 4. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1982. 389 p.

Dislexia: transtorno de aprendizagem.

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Dislexia: transtorno de aprendizagem.

Dentre os inúmeros transtornos de aprendizagem presentes no CID, a dislexia é um dos que acometem uma parcela mais expressiva da população, algo em torno dos 14% na esfera mundial.
O aluno disléxico apresenta dificuldades em escrever, dificuldades com a ortografia e lentidão na aprendizagem da leitura. Frequentemente esses sintomas veem acompanhados de outros transtornos como a disgráfia (letra ilegível), discalculia (dificuldade em matemática, sobretudo com símbolos e com a tabuada), dificuldades com a organização e memória de curto prazo, dificuldades em seguir indicações de caminhos ou circuítos de tarefas complexas, dificuldades de compreender textos escritos ou uma segunda língua, entre outros.
Esses sintomas podem começar a aparecer desde a infância, cabe aos pais observarem e compartilharem tais característica da criança com o educador no momento da alfabetização, já que é nesta hora que pode-se verificar se a criança possui ou não dislexia.
Com a volta às aulas, esse é um desafio que se apresenta aos profissionais de ensino de todas as redes escolares públicas e privadas.
Reconhecer o aluno portador de dislexia e promover situações que deem oportunidade para esse aluno aprender dentro de suas possibilidades e em conformidade com seus pares é uma tarefa desafiadora e que deve ser levada a sério pelos educadores.
No contexto escolar é muito importante que os professores se dispam de preconceitos em relação aos alunos, na educação os rótulos são dispensáveis, visto que alunos portadores de transtornos de aprendizagem na maioria das vezes são taxados como preguiçosos, desatentos e sem interesse pelas tarefas escolares. Em contrapartida essas crianças tornam-se alunos infelizes e perdem o gosto pela sala de aula, uma vez que necessitam de estímulos diferentes para adquirirem as competências propostas pelo professor.
Uma vez diagnosticada tal dificuldade não cabe ao professor tratar desse aluno, esse deve ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar, composta por psicopedagogo clínico, psicólogo e fonoaudiólogo que deverão indicar qual o tratamento específico para cada caso e a indicação de acompanhamento por outros profissionais se houver necessidade.
Ao educador cabe conduzir essa criança por um processo de aprendizagem que lhe proporcione uma aprendizagem significativa e dentro das possibilidades que ela pode corresponder. O aluno disléxico sempre consegue contornar suas dificuldades e encontrar seu caminho, ele constrói sua própria lógica e o educador tem que se mostrar sensível e capaz de aprender junto com ele.

Meu aluno com Sindrome de down

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Meu Aluno com Síndrome de Down:

Um Tesouro no Final do Arco-Íris.






Educação.

A grandiosidade da educação é medida pela consciência e preparo do professor, o qual deve ter em mente, que é dentro de sua sala de aula, em um espaço relativamente minúsculo perante o mundo "lá fora", é que ele auxilia na construção do eixo que norteia vidas, forma personalidades, presta informações, mede conhecimentos e aprende, com cada um de seus alunos, a importância de cada pessoa para contribuir na construção do mundo.

Relato de uma Professora.

Este relato inicia-se numa tarde do final do mês de julho de 2005, quando, sem pedir licença, sem avisar e nem se importar, Matheus entrou em minha vida. Justo na minha vidinha tranqüila de professora de literatura infantil na Escola Municipal Alcindo de França Pacheco, na cidade de Guarapuava, no estado do Paraná.
Vale dizer que tudo aconteceu porque a professora da 1ª série afastou-se por licença médica e a diretora da escola incumbiu-me de assumir a turma por aproximadamente quinze dias. Na oportunidade fez questão de lembrar que era uma turma considerada muito boa e que minha tarefa se resumiria em dar continuidade ao trabalho da professora licenciada, sem deixar diminuir o rendimento que a turma já vinha apresentando. Assustada diante de tal responsabilidade me senti desafiada e aceitei a substituição temporária.

Meus Primeiros Dias de Aula.

O primeiro dia transcorreu sem maiores problemas, a não ser por um menininho que sentava na primeira carteira da fila e que se limitou a me olhar fixamente durante a tarde toda, sem esboçar nenhum tipo de emoção ou reação. Já o conhecia, era o Matheus, que tinha Síndrome de Down.
Já tinha lido e estudado sobre inclusão na minha graduação em Pedagogia. Confiante nos conhecimentos que a universidade havia me oferecido a respeito, fui verificar, em seu caderno, o registro da aula do dia e os conteúdos trabalhados pela outra professora. Qual foi a minha surpresa ao perceber que o seu caderno estava praticamente em branco e, da minha aula, não havia nem sinal de qualquer esboço de registro.
Preocupada perguntei o que fazer diante dessa situação desconfortável e como resposta ouvi que era só dar uma folha e lápis de cor, que ele adorava passar a tarde desenhando. Saí em silêncio, surpresa com o que ouvira.
No outro dia, um choque ainda maior. Por puro ócio, Matheus destruiu sua fralda descartável e espalhou pela sala, para chamar a minha atenção sobre sua presença no ambiente. Cheguei em casa e chorei. Chorei diante da impotência e do orgulho atingido, justo eu que sempre fui tão dedicada ao meu trabalho, passar por uma experiência tão negativa de ter um aluno que não aprendia o que eu ensinava. Enchi-me de coragem para outro dia de trabalho que foi marcado por nova decepção: o Matheus começou a correr pela sala, se jogar no chão e a riscar as atividades dos colegas, e eu ali, tentando demonstrar a ele que precisava aprender do meu jeito. Então os alunos me repreenderam dizendo que tinha que deixar o Matheusinho brincar, pois ele era doente e por isso podia fazer o que quisesse.

A Procura de Mudanças.

Transtornada resolvi fazer alguma coisa por ele mas, principalmente, por mim, afinal o que minhas colegas iriam dizer da minha falta de "domínio de classe"?. Em casa, busquei no meu antigo material da universidade algo que tratasse de inclusão e fiquei horas debruçada sobre ele para tentar entender o que eu tinha de fazer. Como já era final de semana, decidi procurar atividades para que o Matheus se ocupasse e com isso "eu" pudesse trabalhar sossegada, afinal estava na sala para ensinar e não para perder tempo com alguém "que não queria aprender".
Nos dias que se seguiram, após entregar as atividades ao Matheus, percebi sua curiosidade diante dos exercícios que estavam na folha. Rapidamente pegava um lápis e tentava fazer, porém a dificuldade que ele tinha em movimentar os dedos, até para segurar o lápis, faziam com que desistisse logo de início. Frente a isso, comecei a observá-lo e qual não foi minha vergonha ao entender que não era o Matheus quem tinha que aprender o que eu propunha, mas eu é que precisava entendê-lo e adequar as atividades ao seu nível de aprendizagem.
Na sexta-feira, meu último dia na turma, fui avisada de que ficaria mais um mês, pois a licença da outra professora havia sido prolongada. Decidi investir. Então providenciei uma caixa de massa de modelar e todo dia deixava que Matheus escolhesse uma cor de massinha para brincar. Para tornar os conteúdos mais fáceis e atrativos, eu trazia músicas e brincadeiras como auxiliares no processo de ensino - aprendizagem. Todos gostavam, inclusive o Matheus, que num rompante, num desses momentos gritou uma das palavras contida na música. Todos pararam de cantar e ficaram perplexos, afinal ele não falava com ninguém, somente balbuciava.

Estudos, Pesquisas e Mateus.

Acontece que a licença da professora estendeu-se quase até o final do ano letivo e eu assumi a turma definitivamente. No intuito de facilitar a aprendizagem de Matheus, montei um material de pesquisa sobre Síndrome de Down e ali fui apresentada a autores que desconhecia e que sem dúvida têm sido meus companheiros nessa caminhada. Dentre eles Mantoan (2001), que descreve, com maestria, os passos da inclusão na escola, as ações mais comuns e as reais necessidades e Schwartzman, que desperta o educador na percepção de que: Entre outras deficiências que acarretam repercussão sobre o desenvolvimento neurológico da criança com Síndrome de Down, podemos determinar dificuldades na tomada de decisões e iniciação de uma ação; na elaboração do pensamento abstrato; no cálculo; na seleção e eliminação de determinadas fontes informativas; no bloqueio das funções perceptivas [...]; nas funções motoras e alterações da emoção e do afeto (1999, p. 247). E, ainda, segundo Werneck (1995, p. 164): "[...] os portadores de Síndrome de Down têm capacidade de aprender, dependendo da estimulação recebida e da maturação de cada um. O desenvolvimento afetivo e emocional da criança também adquire papel importante[...]".
Conhecendo um pouco das dificuldades de Matheus, comecei a buscar atividades que o desafiavam e chamavam sua atenção e que dessa maneira fosse melhorando os resultados. Eu estava feliz e o Matheus mais ainda, pois quando realizava as atividades sentia-se orgulhoso e mostrava para os colegas quando as terminava. Diante disso, construí uma postura de vibrar com ele, cada vez que completava com êxito seus trabalhos.
Sobre a valorização das atividades, Pereira apud Aranha (2005) destaca que: Quando as atividades são valorizadas pelo professor e pelos colegas, o aluno passa a querer realizar mais e mais trabalhos, tanto na escola, quanto fora dela. Essa escola passa a ser considerada local de apoio, de motivações, de estímulo ao crescimento, de desenvolvimento e busca do saber.

Todos Crescendo Juntos. Inclusão Escolar?

Outra atitude que tomei foi de mostrar que o Matheus não era um coitadinho e que não precisava da piedade dos colegas. Ele era igual a todos os outros alunos e, de Matheusinho, passou a ser chamado de Matheus, construindo uma identidade e, com isso, responsabilidades e uma nova postura dentro e fora da sala de aula. A cada dia ele se revelava, fosse como ajudante para organizar a sala ao final da aula ou durante o recreio, pois, frente à desmistificação de que ele era doente, seus colegas passaram a chamá-lo para participar das atividades coletivas, como jogar bola e para as brincadeiras no pátio. Com isso pude constatar que o mundo todo muda constantemente e isso se reflete na mudança da forma de pensar e agir das pessoas.
Cartolano afirma que "[...] diante da aceleração das mudanças, das novas descobertas das ciências e das tecnologias modernas, é preciso que estejamos sempre de espírito aberto à pesquisa, à busca incessante de novas respostas que nos ajudam a repensar o velho e a enfrentar o novo [...]" (1998, p. 29-30).
Face à percepção dessas mudanças movimentei-me no afã de descobrir opções e formas de ensino, que pudessem favorecer o desenvolvimento de Matheus em sala de aula. A turma toda, de maneira geral, intuía que podia colaborar para o crescimento global do colega, assim, a cada vitória dele, a turma sentia-se envaidecida, pois sabia que era agente naquele processo. Com base nas atividades desenvolvidas por Matheus, criei um portfólio de aprendizagem, abri mão dos cadernos quando notei sua dificuldade de enxergar as linhas. No momento que eu destinava para a leitura, quando toda a turma se levantava para escolher livros, gibis ou revistas para ler, o Matheus nunca se interessava. Um dia ele também fez uma escolha, era um livrinho com um bombeiro na capa. Ele pegou o livro, esperou que todos estivessem sentados e começou a gesticular e balbuciar sons que davam à conotação de que tentava contar a história como os colegas sempre faziam, o que ele nunca queria fazer. Depois que fez toda a dramatização, abriu o livro e começou a falar letra por letra, ainda sem a noção de palavra e sílaba. O silêncio foi total até que uma aluna disse: "o Matheus leu letrinhas, professora!". Imediatamente lembrei da frase de um autor chamado Welchmann: "Se uma criança não pode aprender da maneira que é ensinada, é melhor ensiná-la da maneira que ela pode aprender".
Então, concluí que todo o meu trabalho com alfabeto móvel, músicas, brincadeiras, contação de histórias e estímulo diário com atividades envolvendo letras do alfabeto, não tinha sido em vão. Essa demonstração de aprendizagem me estimulou mais ainda e comecei a adquirir livros, comprar e construir materiais referentes a alunos com dificuldades de aprendizagem. A cada novidade que eu trazia, Matheus tentava e conseguia resolver, com poucas explicações e muita atenção, ele ia vagarosamente me mostrando que, estando certa ou não, ele estava aprendendo.
Nesse momento novas questões foram surgindo, estaria eu fazendo a tão famosa inclusão? Inclusão era isso? Ensinar meu aluno de maneiras diferentes a atingir conteúdos comuns? Se era isso, estava dando certo, afinal meus alunos estavam respondendo às expectativas e o Matheus também.

Recompensa: O Crescimento de Todos.

Consciente de que Matheus ainda não estava alfabetizado, mas considerando seu enorme progresso, resolvi que o Matheus deveria avançar para a segunda série. Então, juntei todo o seu material e o levei para o Conselho de Classe, onde mostrei resultados e o quadro evolutivo.
A recompensa? Bem, a recompensa foi um grande presente: por solicitação do Departamento de Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação, estou com o Matheus na segunda série e isso me fez muito feliz, pois é o reconhecimento do êxito de um trabalho solitário, com erros e acertos.

Práticas Pedagógicas: Pensar e Repensar.

Repensar diariamente a minha prática pedagógica foi uma coisa que aprendi a fazer. Todos os dias faço um diagnóstico dos meus alunos e com isso consigo perceber suas angústias, anseios e necessidades. Aprendi também a observá-los, conversar com eles e perceber quando minha aula não está agradando. Então paro tudo, peço que parem e sem o menor constrangimento, digo: "Vamos começar de novo!". Então damos um passeio pelo pátio, faço uma dinâmica de grupo e, depois de descontraí-los, inicio o conteúdo de outra forma.
Nesses momentos de reflexão e leitura, deparei-me com informações que me assustaram e entristeceram, uma delas foi que, segundo Bilachi (2000, p. 10): Há cerca de dez anos surgiram os programas e entidades como a ADES, onde as crianças com Síndrome de Down têm condições de aprender, embora mais lentamente. A maioria delas são capazes de aprender e cuidar de si, ou seja, podem ser independentes em alimentação, vestuário e hábitos de higiene. Algumas podem aprender a ler e escrever com métodos especiais de alfabetização. Se isso já vem de tanto tempo, porque ainda existe o despreparo, o desconhecimento e tantas crianças com Síndrome de Down sem atendimento especializado, permanecem no lar sem escolaridade e pior, frequentam a escola e não recebem estímulo para aprender?

Inclusão Escolar: O que é Isso?

Gostaria de ter certeza de estar fazendo a inclusão sob todos os aspectos. Acredito na inclusão, mesmo sem certeza de que estou correta nas minhas ações. Tenho consciência das mudanças que causei na vida do Matheus, da autonomia que busco estimulá-lo a usar, da alegria que ele sente ao aprender algo diferente, seja conteúdo ou ações que fazem com que ele se sinta pertencente ao grupo. O Matheus é diferente de todos, eu também, e é nessa premissa que norteio minha ação dentro da sala de aula. Uns tem dificuldades em matemática, outros em língua portuguesa e outros ainda na socialização. Então deixo claro que todos somos diferentes e especiais e meus alunos sabem disso.
Críticas? Recebo muitas. Afinal, quem gosta da confusão que a visita de uma galinha pode causar dentro de uma sala de aula, mesmo que seja para demonstrar como é fácil aprender a tabuada do dois? Ou a bagunça que pode ser encontrada na sala depois de uma demonstração de como fazer três bolos diferentes para mostrar aos alunos que beterraba, repolho e cenoura são alimentos nutritivos e deliciosos?
A escola é um local de renovação, de mudanças e quebra de paradigmas. A inclusão será somente um nome, se a escola e o professor não estiverem comprometidos com a mudança de atitudes, as quais farão a diferença na vida de alunos que estariam fadados a se conformar com a aprendizagem fragmentada e padronizada, levando à evasão ou ao aumento das estatísticas da educação de jovens e adultos.
O ponto crucial para que a inclusão aconteça, em minha opinião, é a valorização das especificidades de cada um, partir do que a criança já sabe. Não concebo a idéia de que a criança chega na escola sem nenhum conhecimento de leitura e escrita, afinal o que ela pode não saber é codificar e decodificar, mas ler o mundo, mesmo que sob a sua ótica, é um fator que deve ser previsto em todo e qualquer planejamento.

Ensino, Aprendizagem, Padrões e Diferenças.

Criar parâmetros sim, mas não padronizar o aprendizado e o ensino. O aluno com Síndrome de Down aprende com maior lentidão, mas, embora possa levar mais tempo que o convencional, o aprendizado vai acontecer.
As aulas interativas estão sendo de grande valia nessa minha caminhada de garimpo de atividades, de criação de materiais e de formas curiosas de chamar a atenção de meus alunos para o conteúdo, pois, assim, eles vão direcionando suas dúvidas e dando o norte para a aula. Se não sei, abro um sorriso e admito que preciso pesquisar o assunto e o faço. Acredito e invisto na inclusão, e me choco quando ouço pessoas da área dizer que isso é utópico, ineficaz e desnecessário. Minha motivação vem do resultado do meu trabalho, que a cada dia se mostra em diferentes nuances. Meus alunos sabem que assim como faço o impossível para trazer coisas novas, diferentes e interessantes, me dou o direito de cobrar resultados positivos e isso estimula o esforço deles e dessa maneira o aprendizado é uma consequência.
Hoje, a administração da escola é outra e, com isso, assumiu nova postura e tenho o apoio tão almejado, começando pelo planejamento do Matheus, onde foi feita flexibilização curricular e, isso certamente, é uma preocupação com o seu aprendizado. Sei que tudo é um risco, afinal quando recebemos os alunos, no início do ano, eles não vêm com um rótulo na testa alertando para o fato de um possível fracasso ou sucesso na tentativa de alfabetização. Então, porque isso seria diferente com um aluno incluído?

Família, Criança com Deficiência e Todos.

Se a criança é fruto do meio em que vive, os estímulos são de grande importância, pois devem favorecê-la e é, nesse ponto, que o empenho da família é fundamental.
Sabemos que a chegada de um filho traz inseguranças e incertezas, porém ninguém está preparado para ser pai ou mãe de uma criança com deficiência. A mãe de Matheus nos retrata isso de maneira simples, mas profunda: "Quando o Matheus nasceu, a gente se assustou e se desesperou porque não sabia direito o que ele tinha, então rezamos e pedimos pra Deus que nos ajudasse. E ele sempre nos ajudou. Mandou pessoas que nos esclareceram, como o médico, a assistente social e a psicóloga. Achei que já tinha sido bastante, então ele mandou a fono, o terapeuta ocupacional e a fisioterapeuta, e como se não bastasse, mandou você, professora, que trata meu filho igual aos filhos das outras pessoas. Sou grata pela sua atenção. O Matheus que antes não queria vir pra escola, agora pede por você até nos finais de semana, e crianças não mentem, elas gostam de ficar perto de quem faz elas se sentirem iguais" (maio de 2007).
Matheus foi encaminhado para o Centro Municipal de Atendimento Especializado e recebe atendimento fonoaudiológico, terapia ocupacional e fisioterapia. Tenho contato com sua fonoaudióloga que deixa clara a sua satisfação em poder contar com a escola nesse processo. A mãe, por outro lado, é comprometida e evita que ele falte as aulas, sempre avisando quando está doente, pedindo para que eu mande algumas atividades para que ele as realize em casa, "para não desacostumar", como ela mesma diz.
Matheus percebe seu lugar no contexto da escola, sente-se integrado e participa de atividades festivas, educativas e de lazer. Compreende e, agora iniciou-se o processo de expressar-se verbalmente. Constrói sua identidade e a mantém com o aumento conquistado de sua auto-estima.


Referências.

·                                 BILACHI, S. P. Caderno UniABC Fisioterapia. São Paulo: UniABC, 2000.
·                                 CARTOLANO, M. T. P. Formação do Educador no curso de Pedagogia: A Educação Especial. Cadernos CEDES. Campinas: UNICAMP, 1998. pp. 29-30.
·                                 MANTOAN, M.T.E. A inclusão escolar "pegou a escola de calças curtas". Boletim informativo Ser Down. 2, 4, 2-2. Salvador: Ed. PGA, 2001.
·                                 PEREIRA, V.L.P. Identificação da superdotação na escola, família e sociedade. In: ARANHA, M. S. F. (Org.). Desenvolvendo competências para o atendimento às necessidades educacionais de alunos com altas habilidades/superdotação. p.19-25. Brasília: MEC/SEESP, 2003. 102
·                                 SCHWARTZAN, J. S. Síndrome de Down. São Paulo: Mackenzie, 1999.
·                                 WERNECK, C. Muito prazer eu Existo. Rio de Janeiro: WVA, 1995.
Cheila Aparecida de Jesus:
Professora do ensino fundamental.
Graduada no curso de Pedagogia pela Universidade Esta dual do Centro-Oeste - UNICENTRO.
Pós-graduada no curso de Gestão, Supervisão e Orientação Escolar pelo ISAL (Instituto de Ensino Superior da América Latina.).
Publicação: MEC: Experiências Educacionais Inclusivas II.



Projeto "Os sentidos"- Chapeuzinho vermelho e Branca de neve

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Projeto "Os sentidos"- Chapeuzinho vermelho e Branca de neve



                                          PROJETO









Sentidos :Chapeuzinho Vermelho e A Branca de 

Neve e os Sete Anões



DURAÇÃO


 2 meses (abril e maio)


JUSTIFICATIVA


Permitir aos aluno a ampliação de seu conhecimento, estimulando 

sua curiosidade e atenção. Atribuir significados as sensações, trabalhando 

os sentidos : AUDIÇÃO, TATO, OLFATO, VISÃO, PALADAR.


OBJETIVOS


Através dos contos, propor que as crianças compreendam de maneira

lúdica as sensações.

Despertar a atenção

Desenvolver a linguagem oral, comunicação

Trabalho em grupo

Diversão, lazer

Desenvolver a criatividade das crianças

Mostrar a importância de cada sentido


DESENVOLVIMENTO


Trabalhar em rodas de conversa

Manuseio de livros

Brincadeiras com sensações (sentidos)

Músicas

DVD do filme ou desenho “ Chapeuzinho Vermelho e A Branca de Neve”

Figuras

Atividades diárias com desenhos, pinturas

Reconto da História



CULMINANCIA


Painel exposto na sala

Apresentação teatral


AVALIAÇÃO


As crianças serão avaliadas no decorrer do projeto, considerando as

atividades, o desempenho e o interesse dos alunos
.


OS SENTIDOS


Visão: Mostrar figuras coloridas, de tamanhos diferentes (pequena, média e grande).

Audição: Brincar com instrumentos, vozes, barulhos, falar alto, baixo. Mostrar sons dos animais. Provocar que as crianças percebam a importância de ouvir.


Olfato: Brincar de diferenciar cheiros fortes, fracos e etc ... Perceber a importância do nariz.


Paladar: Com os olhos vendados ou não, experimentar diferentes tipos de alimentos. A importância da boca, da língua.


Tato: Manusear diferentes texturas: algodão, lixa, água fria, morna e etc. Descobrir qual colega está tocando-o, com os olhos vendados.
Caixa de sensações (caixa misteriosa) / Tapete Sensorial.




CHAPEUZINHO VERMELHO


Podemos trabalhar não apenas os sentidos, mas outros aspectos, como:

carinho da menina com a vovó.

O fato de ter desobedecido a mamãe e ter ido pelo

caminho errado, onde encontrou o lobo.

Podemos alterar o final da história, o lobo não precisa ter comido

a vovozinha, podemos dizer, por exemplo, que ele se arrependeu e foi

embora “não devemos fazer o mal”.

Lembro-me da musica da Xuxa: “Enquanto seu lobo não vem”, 

ele é um lobo bonzinho


Com o foco nos sentidos:

E por que esses olhos tão grandes?

E por que  esse nariz tão grande?

E por que essa boca tão grande?


A BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES




Podemos trabalhar:


A bondade da Branca de Neve

Os alimentos, devido a maçã

A madrasta, a bruxa: por que ela é má?

O carinhos dos anões com a Branca de Neve e dela por eles

O trabalho dos anões, trabalham juntos

O tamanho deles e da Branca de Neve

As características de cada anão: atchim, mestre, zangado e etc....

foco foi o anão Dunga, que não fala, mas ajuda seus companheiros

Utiliza gestos para se comunicar

Lembrança para o dia das mães

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Lembrança para o dia das mães



Olha que ideia legal para o dia das mães. Um cartão onde poderemos trabalhar com as crianças alinhavos.
Para desenvolver a coordenação motora fina, senso de direção e espaço, atenção, concentração e raciocínio lógico.


Material:
1 pedaço de e.v.a.
1 agulha grossa
Fios de lã na cor vermelha
Tesoura sem ponta.

Alinhave cruzando os pontos de uma lado a outro para sobrepor no coração.

Oração do Professor

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Oração do Professor



"Obrigado, Senhor, por atribuir-me a missão de ensinar e por fazer de mim um professor no mundo da educação. Eu te agradeço pelo compromisso de formar tantas pessoas e te ofereço todos os meus dons.
São grandes os desafios de cada dia,
mas é gratificante ver os objetivos alcançados, na raça de servir, colaborar e ampliar os horizontes do conhecimento.
Quero celebrar as minhas conquistas exaltando também o sofrimento que me fez crescer e evoluir.
Quero renovar cada dia a coragem de sempre recomeçar.
Senhor! Inspira-me na minha vocação de mestre e comunicador para melhor poder servir.
Abençoa todos os que se empenham neste trabalho iluminando-lhes o caminho.
Obrigado, meu Deus, pelo dom da vida
e por fazer de mim um educador hoje e sempre.
Amém!"