Dislexia: transtorno de aprendizagem.
Dentre
os inúmeros transtornos de aprendizagem presentes no CID, a dislexia é
um dos que acometem uma parcela mais expressiva da população, algo em
torno dos 14% na esfera mundial.
O
aluno disléxico apresenta dificuldades em escrever, dificuldades com a
ortografia e lentidão na aprendizagem da leitura. Frequentemente esses
sintomas veem acompanhados de outros transtornos como a disgráfia (letra
ilegível), discalculia (dificuldade em matemática, sobretudo com
símbolos e com a tabuada), dificuldades com a organização e memória de
curto prazo, dificuldades em seguir indicações de caminhos ou circuítos
de tarefas complexas, dificuldades de compreender textos escritos ou uma
segunda língua, entre outros.
Esses
sintomas podem começar a aparecer desde a infância, cabe aos pais
observarem e compartilharem tais característica da criança com o
educador no momento da alfabetização, já que é nesta hora que pode-se
verificar se a criança possui ou não dislexia.
Com
a volta às aulas, esse é um desafio que se apresenta aos profissionais
de ensino de todas as redes escolares públicas e privadas.
Reconhecer
o aluno portador de dislexia e promover situações que deem oportunidade
para esse aluno aprender dentro de suas possibilidades e em
conformidade com seus pares é uma tarefa desafiadora e que deve ser
levada a sério pelos educadores.
No
contexto escolar é muito importante que os professores se dispam de
preconceitos em relação aos alunos, na educação os rótulos são
dispensáveis, visto que alunos portadores de transtornos de aprendizagem
na maioria das vezes são taxados como preguiçosos, desatentos e sem
interesse pelas tarefas escolares. Em contrapartida essas crianças
tornam-se alunos infelizes e perdem o gosto pela sala de aula, uma vez
que necessitam de estímulos diferentes para adquirirem as competências
propostas pelo professor.
Uma
vez diagnosticada tal dificuldade não cabe ao professor tratar desse
aluno, esse deve ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar,
composta por psicopedagogo clínico, psicólogo e fonoaudiólogo que
deverão indicar qual o tratamento específico para cada caso e a
indicação de acompanhamento por outros profissionais se houver
necessidade.
Ao
educador cabe conduzir essa criança por um processo de aprendizagem que
lhe proporcione uma aprendizagem significativa e dentro das
possibilidades que ela pode corresponder. O aluno disléxico sempre
consegue contornar suas dificuldades e encontrar seu caminho, ele
constrói sua própria lógica e o educador tem que se mostrar sensível e
capaz de aprender junto com ele.